sábado, 31 de janeiro de 2015

Entre moinhos e oliveiras... é também Dom Quixote

Terra dos moinhos consagrados por Cervantes, Castilla-La Mancha é uma comunidade autônoma espanhola formada pelas províncias de Albacete, Ciudad Real, Cuenca, Guadalajara e Toledo, localizada quase que no centro do país, grudada à Comunidade de Madrid.
A região é basicamente o que seria a antiga Castilla La Nueva, excluindo-se Madri, que hoje possui sua própria comunidade autônoma. Castilla La Nueva, por sua vez, foi formada pela antiga Taifa (Reino) de Toledo, uma das Taifas do reino Al-Ándalus (nome dado à Península Ibérica pelos conquistadores islâmicos) e cuja capital foi tomada por Alfonso VI de Castilla, em 1085. Um pouco mais tarde, em 1177, foram conquistadas as terras de Cuenca e a parte meridional restante, somente consolidadas pelas conquistas de Alfonso VIII de Castilla após a batalha de Navas de Tolosa, marco na reconquista dos reinos cristãos. E a partir de então, a região passou a fazer parte do Reino de Castilla.

(Original: http://revistaadega.uol.com.br/artigo/entre-moinhos-e-oliveiras_4232.html#ixzz3QPkH1DBL)
 
 

A cozinha de Castilla-La Mancha é basicamente formada por pratos fortes e de elaboração simples, utilizando-se dos principais produtos locais: legumes, verduras, carnes, queijos e vinhos, isso sem falar no óleo de oliva. A região é a segunda maior produtora espanhola, atrás apenas da maior do mundo, a Andaluzia.

O óleo
De suas cinco províncias, três delas - Albacete, Cuenca e Guadalajara - possuem uma pequena produção de azeite de oliva. As duas restantes, Ciudad Real e Toledo, no entanto, compensam as outras pela quantidade e qualidade de seu óleo.
O óleo de oliva de Castilla-La Mancha está muito baseado no cultivar Cornicabra, um dos únicos produzidos na região. O azeite extravirgem produzido a partir dessa variedade de oliva costuma ser suave, encorpado, frutado e aromático, com notas amendoadas e de maçã, um bom amargor e agradável picância. São também azeites estáveis e duradouros, e que podem ser utilizados como excelentes blendings. Por isso, algumas cooperativas vendem toda a sua colheita para blenders italianos.
Outro cultivar que é encontrado na região é o Blanqueta, também comum nas regiões de Valência e Alicante. É uma variedade de azeitona relativamente pequena, porém com uma grande quantidade de óleo. O nome foi dado devido a sua cor esbranquiçada. Seu óleo costuma ser aromático e frutado, com um retrogosto de tomates.

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