"Os usuários devem observar os limites diários determinados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na conta, entram todas as gotinhas e sachês adicionados a cafezinhos, além de outros produtos diet consumidos, como refrigerantes, iogurtes, gelatinas, geleias, balas, etc. A quantidade diária ideal é medida conforme o peso corporal. De acessulfame-K e sucralose, pode ingerir 15 miligramas por cada quilo. Se o uso é de aspartame, o recomendado é de 40 miligramas; de ciclamato, 11; de estévia, 5,5 miligramas; de sacarina, 5 miligramas. Assim, quem pesa 60kg pode ingerir no máximo, 900 miligramas de acessulfame-K ou de sucralose, e assim por diante. Vale tentar não ultrapassar a cota para não ter alta concentração de uma substância específica. Para simplificar, o melhor é seguir as orientações de Denise: o limite diário é de 6 sachês de adoçante em pó, 10 gotas de líquido e uma lata de refrigerante dietético por dia. Além disso, é indicado ler as embalagens para fugir de escolhas erradas. Muitas vezes achamos que tomar um suco de fruta industrializado é bem melhor do que tomar refrigerante. Mas não é bem assim: "o volume de açúcar em um suco de caixinha pode ser tão grande quanto em um refrigerante comum." Alerta Maria Edna de Melo, endocrinologista.
Nos produtos light ou zero, além de conferir as calorias, procure o adoçante usado. "O primeiro descrito no rótulo é o que vem em maior porcentagem", ensina Denise Ludovico (pesquisadora). Prefira os que utlizem estévia ou sucralose ou alterne, consumindo produtos com adoçantes diferentes, para não extrapolar em nenhuma substância. Fique atenta sobretudo ao ciclamato, presente em vários alimentos industrializados. Não porque o ciclamato seja mais perigoso, mas, como ele é muito usado, o risco de ultrapassar o volume seguro acaba sendo maior.O ideal, no entanto, é consumir alimentos ao natural. Por exempli, frutas além de fornecer fibras, saem do pé já "adoçadas". Mais: o café é melhor com seu sabor real, que é amargo. Se for para adoçar, porém, e a pessoa não tiver diabetes nem problemas com a balança, pode usar um pouco de açúcar. Mas Denise Ludovico ressalta: "não é preciso excluir o açúcar -nem os adoçantes- para sempre. O problema é a quantidade exagerada."
FONTE: revista CLÁUDIA, edição jan 2015