sábado, 25 de abril de 2015

Adoçante: consumo consciente

"Os usuários devem observar os limites diários determinados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na conta, entram todas as gotinhas e sachês adicionados a cafezinhos, além de outros produtos diet consumidos, como refrigerantes, iogurtes, gelatinas, geleias, balas, etc. A quantidade diária ideal é medida conforme o peso corporal. De acessulfame-K e sucralose, pode ingerir 15 miligramas por cada quilo. Se o uso é de aspartame, o recomendado é de 40 miligramas; de ciclamato, 11; de estévia, 5,5 miligramas; de sacarina, 5 miligramas. Assim, quem pesa 60kg pode ingerir no máximo, 900 miligramas de acessulfame-K ou de sucralose, e assim por diante. Vale tentar não ultrapassar a cota para não ter alta concentração de uma substância específica. Para simplificar, o melhor é seguir as orientações de Denise: o limite diário é de 6 sachês de adoçante em pó, 10 gotas de líquido e uma lata de refrigerante dietético por dia. Além disso, é indicado ler as embalagens para fugir de escolhas erradas. Muitas vezes achamos que tomar um suco de fruta industrializado é bem melhor do que tomar refrigerante. Mas não é bem assim: "o volume de açúcar em um suco de caixinha pode ser tão grande quanto em um refrigerante comum." Alerta Maria Edna de Melo, endocrinologista.
Nos produtos light ou zero, além de conferir as calorias, procure o adoçante usado. "O primeiro descrito no rótulo é o que vem em maior porcentagem", ensina Denise Ludovico (pesquisadora). Prefira os que utlizem estévia ou sucralose ou alterne, consumindo produtos com adoçantes diferentes, para não extrapolar em nenhuma substância. Fique atenta sobretudo ao ciclamato, presente em vários alimentos industrializados. Não porque o ciclamato seja mais perigoso, mas, como ele é muito usado, o risco de ultrapassar o volume seguro acaba sendo maior.
O ideal, no entanto, é consumir alimentos ao natural. Por exempli, frutas além de fornecer fibras, saem do pé já "adoçadas". Mais: o café é melhor com seu sabor real, que é amargo. Se for para adoçar, porém, e a pessoa não tiver diabetes nem problemas com a balança, pode usar um pouco de açúcar. Mas Denise Ludovico ressalta: "não é preciso excluir o açúcar -nem os adoçantes- para sempre. O problema é a quantidade exagerada."


FONTE: revista CLÁUDIA, edição jan 2015

quinta-feira, 16 de abril de 2015

QUANDO É A HORA DE TROCAR A ESPONJA DE LAVAR LOUÇA?

Muito se fala em higiene de alimentos e de utensílios e equipamentos, mas e a esponja de lavar louça? Afinal, não é somente no alimentos que existe risco de contaminação por bactérias, vírus e fungos.
"Como estão sempre úmidas, as esponjas são perfeitas para a proliferação de fungos. Além disso, ao longo das lavagens, pequenos pedaços de alimentos ficam grudados no produto, o que ajuda a contaminá-lo com bactérias. Nesse caso, uma semana é o prazo limite para a substituição. “Após esse período, a esponja, ao invés de limpar, vai na verdade contaminar os objetos da cozinha”, explica o biomédico e imunologista Rogério Saad Vaz, que também é coordenador do curso de Biomedicina das Faculdades Pequeno Príncipe.
Ele explica que para conservar o produto é preciso mantê-lo limpo e seco. “O ideal é ferver a esponja por uns cinco minutos após um dia de uso, ou mergulhá-la em um vasilhame com 1 litro de água e uma colher de sopa de um produto saneante por 10 minutos”. Para mantê-la seca, Vaz recomenda colocá-la no microondas por 2 minutos e evitar o uso de suportes de plástico, muito comum em cozinhas – conjuntos que vêm com porta-detergente e porta-esponja – que acumulam água e acabam por deixar a esponja sempre molhada.
Os cuidados não substituem a troca. Muitas vezes, inclusive, acabam por comprometer a estrutura da esponja, que fica gasta e sem utilidade. Além disso, em hipótese alguma elas devem ser usadas para limpar outros locais, como lixinhos de pia, filtros de água, mesas e cadeiras, entre outros." (FONTE: GAZETA DO POVO)
"Pesquisando sobre o assunto, é possível encontrar alguns detalhes interessantes. Na embalagem das esponjas, por exemplo, não há o prazo de validade quando em uso, mas traz as seguintes recomendações:“Após o uso, lave a esponja com água e sabão para remover restos de alimentos e gordura. Retire o excesso de água e guarde-a em local limpo e seco, sem contato com outros produtos de limpeza. Retire o excesso de água e guarde-a em local limpo e seco. Repita essa operação a cada 3 ou 4 dias.”Cláudio Lima, engenheiro de alimentos, especialista em alimentos e saúde pública, mestre em tecnologia de alimentos, autor de três livros na área de higiene e qualidade de alimentos, fez uma enquete em seu blog sobre a frequência de troca de uma esponja de lavar louça. Obteve o seguinte resultado:
  • De 5 em 5 dias (2,85% das respostas)
  • De 15 em 15 dias (2,85% das respostas)
  • Uma vez por semana (14,28% das respostas)
  • Quando está muito suja (20,0% das respostas)
  • Quando começa a soltar fragmentos (25,71% das respostas)
  • Uma vez por mês (34,28% das respostas)
“Não existe um tempo prefixado para trocar a esponja de louça, por isso devemos usar o bom senso. De uma forma geral, tudo depende do volume de uso da esponja.
Para uma família grande onde consideramos uma grande utilização da esponja devido ao grande número de pratos, talheres, panelas e demais utensílios de cozinha a serem lavados, pode-se realmente trocar de esponja a cada 5 dias ou 1 vez por semana.
Por outro lado, para uma família com pequena quantidade de pessoas uma esponja pode durar mais tempo e atingir cerca de 20 dias”.
Ele tece, ainda, as seguintes recomendações:
  • Use uma esponja especialmente para lavar louças e outra para lavar a pia.
  • Ao final do dia, lave-a, enxague-a bem para retirar o sabão e coloque-a de molho numa solução clorada por 5 minutos (2 colheres de sopa de água sanitária para 1 litro de água tratada).
  • Esprema bem a esponja para retirar o excesso de umidade com um pano limpo, caso contrário, favorece o crescimento microbiano.
  • Guarde-a em local seco. Não guarde sobre aquela barra de sabão que algumas pessoas utilizam em suas pias.
Concluindo, não existe consenso entre os especialistas quanto à validade, mas as sugestões são importantes, coincidem em vários pontos e muitas vezes nós sequer lemos as embalagens dos produtos, que trazem regras básicas.
Uma mudança de hábitos sempre é bem-vinda quando se trata de saúde." (FONTE: BLOG NA COZINHA)


domingo, 12 de abril de 2015

DESCARTE INCORRETO DE RESÍDUOS GRAXOS E SEU REAPROVEITAMENTO

EFEITOS DO DESCARTE INCORRETO DOS RESÍDUOS GRAXOS


O brasileiro consome em média 20 (vinte) litros de óleo vegetal ao ano, destinado ao consumo alimentar, e este nem sempre recebe o fim correto pós uso (ARAKAKI et al, 2010), sendo descartado diretamente no ralo das cozinhas, o que gera custos com o desentupimento do encanamento que teve óleo incrustado e nas paredes da tubulação obstruindo as redes (RABELO e FERREIRA, 2008) e a contaminação do corpo hídrico.
Um litro de óleo contamina um milhão de litros de água (ARAKAKI et al, 2010; RABELO e FERREIRA, 2008), que é o equivalente ao consumo de água de uma pessoa em 14 anos ( RABELO e FERREIRA, 2008).
Outro modo de descarte incorreto é colocar a gordura residual em garrafas ou frascos PET, que vão para a lixeira e desta para os depósitos de lixo onde ocorrerá a infiltração e contaminação do lençol freático (RABELO e FERREIRA, 2008).
Amiúde, o óleo que segue pelos canos das cozinhas e chega até os oceanos, desencadeia reações químicas que geram gás metano. E o gás metano é o grande causador do efeito estufa (FERREIRA e RABELO, 2008). Bem como flutua na superfície da água, por ser mais denso que esta, não se misturando a ela e bloqueando a oxigenação e iluminação daquela. Fator que compromete a base da cadeia alimentar aquática, desencadeando um desequilíbrio ambiental.
E quando em contato direto com o solo o óleo leva à impermeabilização da terra no local, deixando-o poluído e impróprio para plantio (RABELO e FERREIRA, 2008)




 REAPROVEITAMENTO, POSSIBILIDADES E CONSCIÊNCIA SOCIAL


Desta feita agrupou-se 5 (cinco) estudos desenvolvidos por pesquisadores junto a empresas produtoras de alimentos e à residências, realizados em 5 (cinco) cidades brasileiras, aspirando-se conhecer quais as matérias-primas mais usadas em frituras e a destinação dada aos resíduos graxos quando do descarte.

Matéria-prima
SILVA e OLIVEIRA
VIDMANTAS et al
RABELO e FERREIRA
ARAKAKI et al
BATISTA et al
Óleo vegetal (%)
96, 9
52,45
54,5


Gordura hidrogenada (%)

47,55
81,8



TABELA 1- Matérias-primas usadas para o processo de fritura
Fonte: SILVA e OLIVEIRA, 2011; VIDMANTAS et al, 2010; RABELO e FERREIRA, 2008; ARAKAKI et al, 2010; BATISTA et al, 2010.

Ao analisar a Tabela 1, nota-se que as empresas utilizam tanto o óleo de cozinha como a gordura vegetal como matéria-prima para fritarem os alimentos. O estudo de Silva e Oliveira (2011) apresentou um percentual significativo (96,9%) do uso do óleo como matéria-prima, em contrapartida o estudo de Rabelo e Ferreira (2008) apresentou percentual alto (81,8%) de uso de gordura vegetal como matéria-prima usada.
Ao observar a Tabela 2, percebe-se que os valores apresentados para descarte através da reciclagem (97%, 100%, 92,7%, 100%) são bem significativos.
Frente a estes percentuais, é importante colocar que os resíduos graxos oriundos da fritura têm as seguintes possibilidades de emprego:
1)    fabricação de biodiesel como combustível ( VIDMANTAS et al, 2010; RABELO  FERREIRA, 2008; LIMA et al, 2007; ARAKAKI et al, 2010);
2)    produção de sabão (SILVA e LUCENA, 2009; RABELO e FERREIRA,2008) , detergente e amaciantes (RABELO e FERREIRA, 2008);
3)    resina para tintas, betume de vidraceiro, ração para animais, lubrificantes para carros e máquinas agrícolas (RABELO e FERREIRA, 2008; SILVA e LUCENA, 2009).

Destino
SILVA e OLIVEIRA
VIDMANTAS et al
RABELO e FERREIRA
ARAKAKI et al
BATISTA et al
Reciclagem (%)
97
100

92,7
100
Acondicionam em garrafas PET ou sacos plásticos


40
1,8

Jogam pela pia ou direto no esgoto
3

60
5,5


TABELA 2- Destino dado aos resíduos graxos provenientes do processo de fritura

Fonte: SILVA e OLIVEIRA, 2011; VIDMANTAS et al, 2010; RABELO e FERREIRA, 2008; ARAKAKI et al, 2010; BATISTA et al, 2010.

* FONTE: artigo de conclusão de MBA título ASPECTOS DA SUSTENTABILIDADE: DESTINO DADO AOS RESÍDUOS GRAXOS ADVINDOS DO PROCESSO DE FRITURA E A CONSCIENTIZAÇÃO SOCIAL, escrito por Louise Lopes Weber, ago 2011.